Sabe-se que, durante as fases de tratamento de um câncer, hábitos saudáveis certamente ajudam na recuperação do paciente e proporcionam melhor qualidade de vida.
Além de uma alimentação adequada, a prática regular de exercícios físicos colabora em muitos aspectos. Para tanto, a indicação do treinamento deve respeitar a individualidade de cada paciente, suas condições e limitações, já que o aumento do nível de fadiga devido aos tratamentos tradicionalmente administrados (quimioterapia, radioterapia, cirurgia) trazem modificações drásticas no metabolismo e diminuição da capacidade funcional da pessoa, causando importantes perdas no organismo.
Os programas de treinamento especializado atingem os sistemas cardiovascular, pulmonar e muscular, devido ao condicionamento respiratório, ajudando também na vascularização muscular, na coordenação motora, equilíbrio, força e ainda melhoram a circulação linfática, consecutivamente diminuindo o índice de fadiga.
O treinamento resistido (aeróbio) é o mais recomendado para o portador de câncer, pois nele acontecem contrações e relaxamentos rápidos de grandes agrupamentos musculares em um período longo de tempo, com a eficiência na melhora da capacidade aeróbia e fortalece o sistema imunológico. Porém, a esse treinamento pode-se somar o treinamento de força (anaeróbio), em que acontecem modificações metabólicas e morfológicas crônicas de suma importância para quem está na fase de tratamento do câncer ou se encontra em processo recuperativo.
Necessário ressaltar que qualquer prescrição de treinamento para portadores de câncer pode não ser válida, pois existem protocolos idealizados para este segmento. Portanto, é recomendável procurar um profissional especializado para que se possa atingir os objetivos de forma segura.
Maikon Bueno, especialista em Medicina Esportiva
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